BIOGRAFIAS
Conheceram-se em Londres enquanto frequentavam o curso de mestrado em cenografia na Central Saint Martins School of Art and Design, em 2002.
Ana Jara é arquitecta e investigadora em estudos urbanos. Co-fundadora do atelier Artéria, desenvolve uma prática prospectiva, exploratória, usando metodologias de investigação-acção num enquadramento interdisciplinar, para criar projectos artístico-culturais e programas de intervenção urbana. Doutoranda no ISCTE-IUL. Foi Professora na Escola de Arquitectura de Umeå, na Suécia e no IADE. Desde 2018 é vereadora na Câmara Municipal de Lisboa.
Carlos Gomes nasceu em 1969 no Barreiro, e escolheu recentemente o Alentejo e a região onde quase tudo de importante na sua vida aconteceu, a costa atlântica entre Tróia e Sines, para viver. É arquitecto, realizador, produtor cultural e artista visual. Estudou dança e teatro, foi ator e bailarino e trabalhou como cenógrafo e iluminador de palco. “O Poeta-Rei”, sobre a figura de Al-Mu’tamid Ibn Abad (séc XI), já filmado, em processo de montagem e a estrear em 2023, será o seu terceiro filme documentário. No início de 2015 fundou a TRANSIBERIA PRODUCTIONS, como forma de expandir as suas ideias criativas e de estruturar a sua actividade como produtor cultural. É ainda o diretor do Festival A Estrada e do Festival Emergente.
TEMA
Como se entrelaçam a arquitectura e a produção cultural num território concreto e num campo criativo comum? No percurso de dois arquitectos, no atelier Artéria e na produtora Transibéria, vão-se sucedendo as histórias do que podem ser arquitecturas de encontro, de atenção e cuidado, como uma cartografia de lugares que se fazem a partir de dentro. Entramos pela obra de reabilitação da Escola Primária da Bordeira, e atravessamos a experiência do Festival A Estrada. No diálogo está o método, imaginamos frequentemente como seria se a cultura estivesse no centro das estratégias de desenvolvimento local e territorial.
DISTÂNCIA: 7km
GRAU DE DIFICULDADE: Caminhada acessível a caminhantes não-experientes
PONTO DE ENCONTRO: Aldeia da Bordeira (Coordenadas GPS: 37.196169, -8.860898)
BIOGRAFIA
António-Pedro (Lisboa, 1970) é músico, cineasta, artista multidisciplinar.
É co-director artístico da Companhia Caótica, onde cruza música, cinema e artes performativas em projectos de cinema expandido, muitas vezes de cariz autobiográfico. Interessa-lhe a biografia no seu sentido lato e político: como é que uma vida, seja a sua ou a de outros, convoca, universaliza e problematiza o devir das sociedades?
É licenciado em Sociologia, estudou Cinema na Universidade Nova de Lisboa e Música no Hot Clube e na Drummers Collective, NY.
TEMA
Ver e ouvir são para mim o primeiro acto criativo. Esta caminhada é uma oportunidade para praticarmos alguns dos exercícios que aprendi com um rinoceronte e que servem muitas vezes de inspiração para as minhas criações, sejam elas mais orientadas para o som, o cinema, a música ou a performance. Ou tudo junto. Pouco importa ou muito importa?: em criança também não sabia que disciplina trabalhava quando brincando tudo misturava. Lavar os ouvidos para os expandir, ginasticar os olhos, subtrair e adicionar sentidos. Ir do mais ínfimo ao mais colossal, do mais em cima ao mais profundo, do mais leve ao mais em baixo. Desejo e atenção. Ah, e um fio-todos-juntos, claro! Dúvidas?
DISTÂNCIA: 7km
GRAU DE DIFICULDADE: Caminhada acessível a caminhantes ocasionais
PONTO DE ENCONTRO: Monte da Cunca, Carrapateira (Coordenadas GPS: 37.192547, -8.889751)
BIOGRAFIA
Cláudia Varejão nasceu no Porto e estudou Realização no Programa de Criatividade e Criação Artística da Fundação Calouste Gulbenkian em parceria com a German Film und Fernsehakademie Berlin e na Academia Internacional de Cinema de São Paulo. Estudou ainda fotografia no AR.CO Centro de Arte e Comunicação Visual em Lisboa. É autora da triologia de curtas-metragens Fim-de-semana, Um Dia Frio e Luz da Manhã. Ama-San, retrato de mergulhadoras japonesas, foi a sua estreia nas longas metragens, recebendo dezenas de prémios em todo o mundo, seguindo-se No Escuro do Cinema Descalço os Sapatos e Amor Fati. Lobo e Cão, o seu mais recente filme, com estreia prevista para 2022, devolverá novamente o seu olhar à ficção. Os seus filmes têm sido seleccionados e premiados pelos mais prestigiados festivais de cinema, passando por Veneza/Giornate Degli Autori, Locarno, Roterdão, Visions du Reel, Cinéma du Réel, Karlovy Vary, Art of the Real - Lincoln Center, entre muitos outros. A par do seu trabalho como realizadora desenvolve um percurso como fotógrafa e tem sido convidada a dar aulas e workshops em diversas escolas de Cinema e Arte. O seu trabalho, tanto no cinema como na fotografia, documentário ou ficção, vive da estreita proximidade com os seus retratados.
TEMA
Criar é movimentarmo-nos pelo nosso mundo interior. Entramos numa floresta sem sabermos à partida qual a saída que iremos encontrar. Tem sido entre esses dois pontos, a partida e a chegada, que tenho moldado os meus filmes. É um trabalho no escuro e solitário. Mais do que procurar, sou surpreendida pelos eventos inesperados que marcam a travessia. Nesta caminhada, iremos percorrer um trilho em Aljezur acompanhado de algumas reflexões que têm persistido no meu percurso profissional. O meu mundo interior conduzirá o nosso caminho exterior, à semelhança da feitura de um filme, unindo a memória de cada pessoa presente.
DISTÂNCIA: 7km
GRAU DE DIFICULDADE: Caminhada acessível a caminhantes não-experientes
PONTO DE ENCONTRO: Aldeia da Bordeira (Coordenadas GPS: 37.196169, -8.860898)
BIOGRAFIA
Professora Catedrática e Vice-Reitora para a Cultura da Universidade do Porto.
Estudo a forma como as utopias – a imaginação de mundos possíveis na literatura, no ensaio político e filosófico e nas artes – têm vindo a galvanizar a acção colectiva e a determinar o progresso e desenvolvimento sociais. E no processo de estudo e teorização da utopia, tornei-me utópica também.
TEMA
500 anos de utopias
As utopias são ideias sobre possibilidades reais que alimentam a imaginação das sociedades e as inspiram à mudança. Nas minhas mais de três décadas de estudo de utopias, tenho vindo a observar a maneira como essas ideias se foram formando, ganhando espessura e atravessando séculos e fronteiras. Das utopias ficcionadas às comunidades intencionais, alimentadas por perspectivas filosóficas, científicas, feministas, ecológicas – e até vegetarianas –, são cinco séculos de ideias contagiosas. É esse o convite que faço: que se deixe contagiar.
DISTÂNCIA: 7km
GRAU DE DIFICULDADE: Caminhada acessível a caminhantes ocasionais
PONTO DE ENCONTRO: Aldeia da Bordeira (Coordenadas GPS: 37.196169, -8.860898)
BIOGRAFIA
É doutorada em musicologia histórica pela Universidade Nova, onde recebeu pela sua dissertação sobre a música em Portugal no século XVIII a nota máxima por unanimidade. Passa os dias a olhar para partituras, manuscritos, códices e documentos de outras eras, a tentar perceber de que forma e por que processos as pessoas faziam, ouviam, pensavam, falavam e sentiam música desde que o mundo é mundo. É investigadora e docente universitária, tem inúmeros artigos publicados, desdobra-se em conferências e já foi cantora de ópera. A melhor coisa que lhe aconteceu na vida foi ter aprendido música. Tem duas grandes paixões: fazer investigação académica e explicar música “clássica” a públicos não especializados.
TEMA
Nesta caminhada fala-se de música “clássica”. De forma muito acessível, é pensada a ideia de natureza na música, quer a partir de peças sobre o mar ou as florestas, compositores que eram grandes caminhantes, o papel do idílio e da paisagem, mas também e sobretudo pela própria estrutura das obras musicais, nas quais consoante os séculos reconhecemos o curso do ribeiro, os ciclos das colheitas, o labirinto do jardim ou o abismo do indizível. Numa caminhada onde não faltarão exemplos musicais ao vivo, desbravaremos dimensões menos conhecidas da música “clássica”, entre o som e o silêncio, a natureza que nos rodeia e aquela de que somos feitos. De caminho, teremos aprendido sobre forma, estilo, função e contexto. Uma caminhada de encontros, com a música e sobretudo connosco.
DISTÂNCIA: 6km
GRAU DE DIFICULDADE: Caminhada acessível a caminhantes ocasionais
PONTO DE ENCONTRO: Junto à N268 na entrada do Pinhal do Bordalete (entre as aldeias da Bordeira e da Carrapateira | Coordenadas GPS: 37.203697, -8.881067)
BIOGRAFIA
Joana Craveiro é dramaturga, encenadora, actriz, professora, antropóloga e documentarista. É directora artística do Teatro do Vestido e coordenadora da Licenciatura em Teatro da Escola Superior de Artes e Design, Caldas da Rainha. Os seus métodos criativos assentam grandemente em práticas etnográficas e na história oral. É membro da rede de dramaturgos europeus, Fabula Mundi. Desenvolve uma pedagogia criativa e combativa que ajuda a pensar um mundo livre de totalitarismo, xenofobia, misoginia e de racismo estrutural.
TEMA
relações
uma caminhada com Joana Craveiro, os antepassados e os amigos de um outro continente
“The absence of beloved relations makes empty places at the table.”
Robin Wall Kimmerer
um mais um igual a três, disse ele, assim, com os números a extenso como se os inscrevesse no ar; ele também disse, não queiras perceber tudo de uma vez porque senão perdes as chaves.
ou talvez ele não tenha dito isto e eu tenha sonhado.
esta noite, por exemplo, sonhei que perguntava a um homem numa aldeia se havia alguém que se lembrasse do 25 de Abril, e ele levou-me à única mulher da aldeia que ainda tinha essa memória. o homem do sonho desapareceu com o som do despertador e, quando eu fiz a primeira pergunta, ela, a mulher – a Única Com Memória – foi-se também, levada pelo mesmo som.
estas histórias parecem sem relação, mas eu sou pessoa de ver relações em tudo.
convoco por isso para esta viagem os meus-nossos antepassados, e não estou a falar só de pessoas. aprendi com a Mãe do Clã Michaeline Picaro Mann, da nação Ramapough Lenape - uma nação nativa americana quase dizimada pela colonização selvagem daquele continente - que os antepassados são vários e falam connosco de diversas formas.
mais sobre ela e sobre o Chefe Mann nesta viagem.
mais sobre Robin Wall Kimmerer e a sua noção de relação ou parentesco com todas as coisas e seres (kinship).
mais sobre a memória e inscrição.
mais sobre a poesia que nos falta.
mais sobre os sonhos que nos visitam e os sonhos que nos animam
a continuar.
e a ideia do perder-se, tal como Rebecca Solnit a descreve,
“Never to get lost is not to live.”
Rebecca Solnit
DISTÂNCIA: 7km
GRAU DE DIFICULDADE: Caminhada acessível a caminhantes ocasionais
PONTO DE ENCONTRO: Aldeia da Bordeira (Coordenadas GPS: 37.196169, -8.860898)
BIOGRAFIA
Jorge Vilhena é natural do sudoeste e aqui começou a trabalhar, ainda no final do século passado, quando a costa não se chamava vicentina. Licenciado em História-Arqueologia (Porto) e mestre em Pré-História (Lisboa), insistiu e quase terminou doutoramento na mesma área. Prefere trabalhar em investigação de campo, mas nos últimos anos dedicou-se a tentar minimizar estragos provocados no património histórico-cultural pelo progresso e pelo 'desenvolvimento', processo em que assistiu, monte atrás de monte, ao desaparecer do mundo rural do outro Alentejo que lhe foi ensinado pelos avós da serra.
TEMA
O que sabiam os antigos deste fim do mundo? As suas próprias palavras, impressas em textos e poemas transcritos e reescritos no correr dos séculos, contam histórias de marinheiros e eruditos sobre uma terra estranha que cedo entrou nas narrativas da Antiguidade: um cabo consagrado aos deuses infernais e o princípio da contra-costa da bela Europa, à vista de uma montanha também ela sagrada. São fragmentos de contos perdidos no mar do tempo que dão às arribas negras deste litoral, como pequenos salvados de naufrágios das memórias de gente que aqui viveu ou passou cem gerações atrás. E se tivermos já o privilégio do mau tempo, sentir-se-á bem o porquê de ter de temer o ocaso no tenebroso mar Oceano povoado de monstros.
DISTÂNCIA: 7km
GRAU DE DIFICULDADE: Caminhada acessível a caminhantes ocasionais
PONTO DE ENCONTRO: Praia do Amado (parque de estacionamento | Coordenadas GPS: 37.168674, -8.901249)
BIOGRAFIA
Luís Graça é médico, doutorado em imunologia pela Universidade de Oxford, tendo trabalhado também na Austrália antes de regressar a Portugal. É professor catedrático de imunologia e vice-diretor da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, coordenando um grupo de investigação no Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes. Investiga a regulação da produção de anticorpos em vacinação e doenças autoimunes e alérgicas. Tem colaborado com diversos artistas que realizaram residências no seu laboratório, bem como através do seu envolvimento em instituições e iniciativas ligadas às artes visuais.
Foi presidente da Sociedade Portuguesa de Imunologia, da Sociedade das Ciências Médicas de Lisboa (a sociedade médica mais antiga da Europa), é editor chefe da revista oficial da Federação Europeia de Sociedades de Imunologia e é coordenador adjunto da comissão técnica de vacinação contra a COVID-19.
TEMA
A Ciência e a Arte são duas actividades que dependem directamente da capacidade criativa humana. Contudo, a produção artística e científica que resulta dessa criatividade tem características distintas. Em arte, o campo de resultados é ilimitado, enquanto em ciência esse campo é confinado pelas leis naturais. Esta diferença manifesta-se pela irreprodutibilidade das criações artísticas – cada obra é única, e se um artista não tivesse vivido, nunca teríamos sido expostos a obras idênticas. Enquanto as criações científicas são, por definição, reprodutíveis. Isto faz com que inevitavelmente todas as criações científicas, tarde ou cedo, teriam sido realizadas por outros.
Nos últimos anos recebi mais de 10 artistas no meu laboratório de investigação. O que acontece quando a arte e a ciência se encontram?
DISTÂNCIA: 6km
GRAU DE DIFICULDADE: Caminhada acessível a caminhantes ocasionais
PONTO DE ENCONTRO: Junto à N268 na entrada do Pinhal do Bordalete (entre as aldeias da Bordeira e da Carrapateira | Coordenadas GPS: 37.203697, -8.881067)
BIOGRAFIA
A carreira de Maria João, tem sido pautada pela participação nos mais conceituados festivais de música do mundo. Um percurso iniciado na Escola de Jazz do Hot Clube de Portugal e que, em poucos anos, extrapolou fronteiras, fazendo de Maria João uma das poucas cantoras portuguesas aclamadas no estrangeiro. O reconhecimento oficial da divulgação da cultura portuguesa pelo mundo valeu-lhe a Comenda da Ordem do Infante D. Henrique pelas mãos do presidente Jorge Sampaio. É também a única artista portuguesa a ter sido nomeada para o European Jazz Prize.
Maria João gravou mais de 30 discos e participou em muitos discos de outros artistas.
Em Outubro sairá “SONGS FOR SHAKESPEARE” - OGRE /electric large ensemble.
TEMA
Os invisíveis caminhos do sopro.
Inspirar expirar transportar o som descobrir as suas possibilidades.
Água sussurro murmúrio fala canto grito.
Cantar em círculo.
O som da palavra o significado da palavra.
Musicar as palavras.
Caminhar com ambição.
O nosso corpo.
EU IMPROVISO MUITO!
Com tanta gente boa a circular, se escolherem caminhar comigo, serei uma mulher com maningue sorte.
DISTÂNCIA: 7km
GRAU DE DIFICULDADE: Caminhada acessível a caminhantes ocasionais
PONTO DE ENCONTRO: Monte da Cunca, Carrapateira (Coordenadas GPS: 37.192547, -8.889751)
BIOGRAFIA
Porto, 1990. Formou-se em Interpretação pela Academia Contemporânea do Espectáculo.
Iniciou a licenciatura em Estudos Clássicos na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e o mestrado em Estudos sobre as Mulheres - Género, Cidadania e Desenvolvimento, na Universidade Aberta. Não concluiu nenhum.
Escreve, encena e interpreta. Trabalha regularmente em teatro, cinema, televisão e dobragens.
É feminista, activista, incoerente e a tentar ser melhor. Gosta de histórias, papéis, arquivos e coisas pequenas.
TEMA
A lagarta, invejosa da quantidade de patas que tinha a centopeia, diz-lhe: “Ó centopeia, que elegância é esse teu andar. Como é que consegues coordenar tantas patas? Não tropeças?”. E a centopeia: “É fácil, lagarta. Atiro as cinquenta patas do lado esquerdo para a frente, ao mesmo tempo que empurro as cinquenta patas do lado direito para trás, e assim sucessivamente.” A lagarta, maliciosa: “É realmente extraordinário. Será que me podias mostrar como é?” E a centopeia nunca mais foi capaz de se mover.
Nesta conversa, falaremos sobre inquietações, urgências, inspirações e tensões que vivo enquanto cidadã e artista, que muitas vezes se confundem, outras tantas se separam. Tentarei pôr em palavras aquilo que quer no teatro, quer na militância envolve acção. Para isso, conversaremos enquanto caminhamos, para não corrermos o risco de não sermos capazes de nos voltar a mover, de tanto pensarmos como se dá um passo.
DISTÂNCIA: 7km
GRAU DE DIFICULDADE: Caminhada acessível a caminhantes ocasionais
PONTO DE ENCONTRO: Aldeia da Bordeira (Coordenadas GPS: 37.196169, -8.860898)
BIOGRAFIA
Ana Pais é investigadora em artes performativas, dramaturgista e curadora. Foi crítica de teatro no Público (2003) e no Expresso (2004). Como dramaturgista, colaborou com criadores de teatro e dança (João Brites, Tiago Rodrigues, Sara de Castro, Rui Horta e Miguel Pereira) e, como curadora, concebeu, coordenou e produziu vários eventos, dos quais destaca o Projecto P! Performance na Esfera Pública (2017). Tem vindo a trabalhar, no contexto das artes performativas, as atmosferas afectivas geradas no espaço público que condicionam a vida privada. Como autora, destacam-se os livros Ritmos Afectivos nas Artes Performativas (2018), sobre a relação de afectos entre cena e público, e Quem tem medo das emoções? (2022), que aborda a experiência colectiva da pandemia através das teorias dos afectos.
TEMA
Para caminhar em grupo é preciso acertar o passo, ajustar intensidades, negociar paragens, escutar o ritmo colectivo. Cada grupo cria uma atmosfera afectiva distinta, tal como um espectáculo cria uma atmosfera estética e sensível, ou tal como cada momento histórico cria um ambiente social específico. Nesta caminhada, conversaremos sobre as atmosferas afectivas que circulam no espaço público influenciando os nossos corpos, mentes e desejos. Discutiremos como as artes performativas podem potenciar uma experiência atenta, senão mesmo um reconhecimento, das formas como somos afectados sem nos apercebermos. Criaremos um espaço de escuta activa para falar sobre a importância de criar uma maior consciência colectiva sobre estas forças que nos atravessam e moldam a nossa vida íntima.
DISTÂNCIA: Aprox. 7km
GRAU DE DIFICULDADE: Caminhada acessível a caminhantes ocasionais
PONTO DE ENCONTRO: Entrada da aldeia de Alferce (Coordenadas GPS: 37.332005, -8.490307)
BIOGRAFIA
André Barata nasceu em Faro em 1972. Doutorou-se em Filosofia Contemporânea na Universidade de Lisboa. É desde 2002 Professor na Universidade da Beira Interior, onde dirige actualmente a Faculdade de Artes e Letras. Também preside à Sociedade Portuguesa de Filosofia. Os seus interesses académicos circulam pela filosofia social e política e pelo pensamento fenomenológico e existencial. Tem livros de ensaio, como “Metáforas da Consciência” (Campo das Letras, 2000), sobre a filosofia de Jean-Paul Sartre e uma proposta de pensamento da ressonância, “Mente e Consciência” (Phainomenon, 2009), conjunto de ensaios sobre filosofia da mente e fenomenologia, “Primeiras Vontades – sobre a liberdade política em tempos árduos” (Documenta, 2012). Mais recentemente publicou na Documenta uma trilogia - “E se parássemos de sobreviver – Pequeno livro para pensar e agir contra a ditadura do tempo” (2018); “O Desligamento do mundo e a questão do humano” (2020) e, acabado de publicar, “Para viver em qualquer mundo - Nós, os lugares e as coisas" (2022).
TEMA
Na companhia do caminhar por um trilho pela serra de Monchique, proponho que me façam companhia no caminhar por um outro trilho, de pensamento, e desejoso de uma metamorfose da era que vivemos, que passa pelas ideias de caminho, errância, parar, chão, floresta, lugar, matéria, superfície. A coincidência de tempos de caminhar faz o encontro entre as ideias das coisas e a sua experiência concreta, devolvendo o pensamento ao chão da relação inteira com o mundo. Numa era de abstracção que nos desliga, é preciso reencontrar a vontade de sentir o chão.
DISTÂNCIA: 5km
GRAU DE DIFICULDADE: Caminhada acessível a caminhantes ocasionais
PONTO DE ENCONTRO: Cerca da Rita (Coordenadas GPS: 37.330942, -8.530040)
BIOGRAFIA
Bruno Martins é actor por formação, criador transdisciplinar por convicção e indisciplinado por natureza. O teatro é a linguagem de onde parte à descoberta de novas formas que se cruzam muitas vezes com a dança, a música e o circo. Iniciou os seus estudos em interpretação na Academia Contemporânea do Espectáculo, no Porto, e especializou- se em teatro-movimento na École International de Thêátre Jacques Lecoq, em Paris.
É, desde 2008, fundador e Diretor-Artista do Teatro da Didascália. É no âmbito desta estrutura que desenvolve o seu trabalho enquanto artista, criando obras com circulação regular pelo território nacional.
Paralelamente ao seu trabalho enquanto criador, dirige e programa o Festival Internacional Vaudeville Rendez-Vous, com uma programação focada no universo do circo contemporâneo e formas transdisciplinares para espaço público, nos concelhos de Barcelos, Braga, Famalicão e Guimarães.
Ainda no âmbito desta estrutura, foi responsável pela idealização e concepção do espaço fAUNA, um espaço cultural alternativo inserido numa antiga vacaria na Quinta da Bemposta, em Joane, destinado à programação e ao acolhimento de residências artísticas.
Seja bem-vindo quem vier por bem
Se alguém houver que não queira
Trá-lo contigo também – Zeca Afonso
TEMA
Tenho a profunda convicção de que os espaços culturais convencionais, tal como os conhecíamos até agora, têm os dias contados. As fervilhantes programações culturais ligadas às instituições de poder, rodeiam-nos de campanhas de marketing tão persuasivas que nos fazem sentir excluídos do mundo quando não fazemos parte delas. Algumas vezes, chegam a transformar-se mesmo nos principais agentes de propaganda política. Até quando iremos aguentar esta asfixia? Não proponho uma caminhada. Antes uma corrida em jeito de fuga de tudo quanto possa ser um “opiáceo cultural”. Nesta fuga, irei partilhar alguns pensamentos que me têm guiado no meu trabalho artístico, e serei acompanhado por alguns forasteiros que muito me têm influenciado ultimamente: Bertolt Brecht, Jean Dubuffet, Ian Svenonius. Todo o forasteiro será bem-vindo.
DISTÂNCIA: 9km
GRAU DE DIFICULDADE: Caminhada acessível a caminhantes ocasionais
PONTO DE ENCONTRO: 200m a seguir ao Miradouro da Fonte Santa (Coordenadas GPS: 37.309877, -8.607234)
BIOGRAFIA
Licenciada em Direito e pós-graduada em Estudos Europeus.
Vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Lisboa (2009 – 2021). Consultora independente na área artística e cultural (2001-2005,2021-). Coordenadora Executiva do Programa Gulbenkian Criatividade e Criação Artística/Fundação Calouste Gulbenkian (2003-2007). Directora-executiva da Pós-graduação em ‘Gestão Cultural nas Cidades’/INDEG/ISCTE (2001-2004). Secretária de Estado da Cultura (1997-2000). Co-fundadora da Associação Cultural Fórum Dança, da qual foi Directora-executiva (1991-1995).
TEMA
O que eu gostava era de ser ‘Advogada das Artes’, disse um dia à Madalena Victorino, quando fazia parte do Atelier Coreográfico para não profissionais que ela criou. Desde então, e depois de abandonar a advocacia convencional, o que tenho feito é isso: como gestora, consultora, política, procurar viabilizar e criar melhores condições para a criação, difusão, fruição e participação artísticas. É esse percurso que proponho partilhar convosco, focando-me no trabalho feito na Câmara Municipal de Lisboa onde procurei pôr em prática projectos que evidenciam quão importante e transformador é o papel da cultura na vida de cada um e de todos nós. E de como é nesses projectos e na vida das cidades que podemos ajudar a construir um futuro que dê mais sentido e equilíbrio à nossa relação com os outros, com a natureza, com o mundo que nos rodeia.
DISTÂNCIA: 5km
GRAU DE DIFICULDADE: Caminhada acessível a caminhantes não-experientes
PONTO DE ENCONTRO: Heliporto de Monchique (Coordenadas GPS: 37.320207, -8.552514)
BIOGRAFIA
Nasceu em Lisboa, em 1977. Licenciada em Filosofia e Mestre em Estética e Filosofia da Arte pela Faculdade de Letras (Universidade de Lisboa).
Fundou e dirige com Miguel Fragata a Formiga Atómica (2014), sendo co-criadora dos espectáculos “A Caminhada dos Elefantes”, “The Wall”, “A Visita Escocesa”, “Do Bosque para o Mundo”, “Montanha-Russa”, “Fake” e “O Estado do Mundo (Quando Acordas)”.
Sob a direcção de Madalena Victorino, integrou o Centro de Pedagogia e Animação do Centro Cultural de Belém, onde desenvolveu, entre 2005 e 2008, projectos de relação entre as artes e a educação para público escolar, familiar e especializado.
TEMA
Penso a dramaturgia como exercício de traçar um caminho para uma ideia, para que depois ganhe corpo em cima de um palco. Proponho olhar para esta caminhada do ponto de vista literal: como um exercício de construção de uma dramaturgia em cima de uma montanha, enquanto se caminha.
Os nossos dados serão: aqueles que caminham, os lugares por onde caminham, a forma como caminham, as suas motivações e contradições, encontros e desencontros, fugas, perdas, salvações - e o lugar onde desejam chegar.
É esse o desafio: começando pela inquietante questão de saber quais os motivos que podem levar uma dezena (ou mais) de estranhos a juntarem-se para fazer uma caminhada em conjunto, atravessar a meta com a satisfação de ter vivido uma história em conjunto.
DISTÂNCIA: 7km
GRAU DE DIFICULDADE: Caminhada acessível a caminhantes ocasionais
PONTO DE ENCONTRO: Parque do Barranco dos Pisões (Coordenadas GPS: 37.334772, -8.567355)
BIOGRAFIA
João Almeida nasceu em 1963 em Lisboa. Como repórter da TSF de 1988 a 2000 realizou a cobertura de eventos em mais de 20 países, nomeadamente a revolução na Roménia (1989), a reunificação da Alemanha (1990), a Guerra do Golfo e a guerra em Angola (1991), as eleições presidenciais nos Estados Unidos (1992), a Intifada em Israel e na Palestina (1993), os massacres no Ruanda (1994), a Guerra na Bósnia (1996), etc. Trabalhou como repórter de cultura na SIC e SIC Notícias de 2000 a 2004. Como jornalista, recebeu em 1991 o Prémio Gazeta de Reportagem Rádio, em 1992 foi galardoado com o Prémio de Reportagem Rádio do Clube Português de Imprensa, e em 2017 recebeu o 1º Prémio de Jornalismo Cultural da SPA - Sociedade Portuguesa de Autores. Desde 2005 dirige a Antena 2 tendo aí realizado vários programas de música clássica, jazz, música étnica e entrevistas.
TEMA
A reportagem em zonas de conflito.
As Guerras do Golfo. Os massacres no Ruanda. A Guerra da Bósnia. As revoluções nos média.
Manipulação em tempos de guerra e na era digital.
Informação e fakenews. Fact-checking. Notícias e entretenimento.
Diversidade e pluralismo: efeito bolha nas redes sociais, Google, Amazon, etc.
A verdade dos factos e a verdade profunda. Reportagem sobre o milénio no Ártico.
Três experiências radicais: a TSF, a SIC e a Antena 2.
A cultura nos média e na sociedade.
Motivos para otimismo ou pessimismo?
DISTÂNCIA: 7km
GRAU DE DIFICULDADE: Caminhada acessível a caminhantes ocasionais
PONTO DE ENCONTRO: Paragem de autocarro junto à cooperativa agrícola Coopachique (Coordenadas GPS: 37.312171, -8.554972)
BIOGRAFIA
João Ministro, 48 anos, natural de Loulé, licenciado em engenharia do ambiente e actualmente director geral da empresa Proactivetur. Foi durante diversos anos gestor de projectos pela Associação Almargem, entre os quais a Via Algarviana ou o Festival de Observação de Aves de Sagres, partilhando ainda hoje uma forte vontade em valorizar o território de uma forma sustentável e integrada. Em 2010 cria a Proactivetur, operador dedicado à promoção de um turismo responsável no Algarve, através da qual dinamiza ainda outros projectos, como o Projecto TASA em torno do artesanato, Projecto Querença ou o Festival de Caminhadas de Ameixial. Co-fundador da Cooperativa QRER, dedicada à dinamização dos territórios de baixa densidade, com a qual colabora em iniciativas de apoio ao empreendedorismo, inovação e valorização do interior algarvio. Entusiasta de caminhadas, da observação de aves, da cultura popular imaterial, de viagens e leituras. Activista pelas questões ambientais da região e um sonhador irrequieto.
TEMA
Monchique, a Montanha Sagrada
O passado histórico de Monchique revela-nos dados bastante interessantes. Os Romanos e os Árabes aqui estiveram pela sua água curativa. Mas não só. Comunidades inteiras aqui se instalaram pela abundante natureza deste território. Densos bosques de carvalhos, castanheiros, amieiros ou salgueiros cobriam a paisagem de Monchique e numerosas nascentes e ribeiras enchiam os vales com águas termais e medicinais, que sempre foram muito apreciadas. Estes são apenas alguns exemplos dessa singular riqueza. Ainda hoje podemos encontrar excertos desse valor ambiental, ao qual podemos também associar resquícios de uma actividade humana assente nos valores da terra. Num pequeno percurso em torno de Monchique, vamos percorrer alguns trilhos esquecidos, pouco usados, mas que nos levam ao interior da rica floresta de Monchique. Vamos ao encontro de carvalhos, sobreiros, castanheiros, loureiros e inclusive do azevinho, essa planta que faz de Monchique o seu último local de ocorrência no Sul. Mas vamos também conhecer pessoas. Mestres de saberes ancestrais, outrora muito populares e comuns, hoje quase extintos. Onde sempre existiu abundância de recursos naturais, existiu também quem os trabalhasse e quase sempre de uma forma harmoniosa e equilibrada. É essa a relação que queremos destacar neste percurso! E é essa a força motriz do nosso trabalho e de tantas outras pessoas que procuram um futuro para estes territórios isolados.
DISTÂNCIA: 7km
PONTO DE ENCONTRO: Paragem de autocarro junto à cooperativa agrícola Coopachique (Coordenadas GPS: 37.312171, -8.554972)
BIOGRAFIA
José Afonso é doutorado em Astrofísica pelo Imperial College de Londres, tendo estudado a formação e evolução de galáxias no Space Telescope Science Institute, Australia Telescope National Facility, no Onsala Space Observatory e mais tarde em Portugal. Actualmente é investigador na Faculdade de Ciências da U. de Lisboa e no Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço, que coordenou até 2021. Procura ajudar a definir a próxima geração de observações astronómicas para a procura dos primeiros buracos negros no Universo, participando no desenvolvimento de alguns dos instrumentos e levantamentos astronómicos mais revolucionários. Gosta de divulgar as maravilhas da Astronomia e despertar novas mentes para a Ciência.
TEMA
O Deslumbrante Universo Humano
A nossa conversa será sobre a aventura impossível que é o conhecimento do Universo - e sobre como insistimos em, ignorando fronteiras, compreender o incompreensível e alcançar o inalcançável. O que existe para além do nosso planeta? Como conseguimos estudar outros planetas, estrelas, buracos negros, galáxias e ainda mais além? Como usamos a tecnologia para compreender as nossas origens e, talvez, o nosso destino? E o que tudo isto significa para nós, humanidade, enquanto produto deste Universo que se descobre e se deslumbra?
DISTÂNCIA: 5km
GRAU DE DIFICULDADE: Caminhada acessível a caminhantes ocasionais
PONTO DE ENCONTRO: Cerca da Rita (Coordenadas GPS: 37.330942, -8.530040)
BIOGRAFIA
Paulo Moura, escritor e repórter nascido no Porto, estudou História e Jornalismo e, durante 23 anos, foi jornalista do Público. Exerceu funções de correspondente em Nova Iorque e de editor da revista Pública, e tem feito reportagens em zonas de crise por todo o mundo. Fez a cobertura jornalística de conflitos no Kosovo, Afeganistão, Iraque, Tchetchénia, Argélia, Angola, Caxemira, Mauritânia, Israel, Haiti, Turquia, China, Sudão, Egipto, Líbia, Ucrânia e muitas outras regiões. Ganhou vários prémios (Gazeta, AMI, ACIDI, Clube Português de Imprensa, FLAD, Comissão Europeia, UNESCO, Lettre Ulisses, Lorenzo Natali, Literatura de Viagens da APE, etc.) É professor de Reportagem e Entrevista, Jornalismo Internacional e Jornalismo Literário na Escola Superior de Comunicação Social, em Lisboa, de Escrita de Viagens na Universidade Nova de Lisboa, de Jornalismo e Literatura de Viagens no Mestrado em Turismo da Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril e autor de doze livros, entre os quais Depois do Fim – a crónica dos Primeiros 25 anos da Guerra de Civilizações, Longe do Mar, Uma Viagem pela Estrada Nacional 2, Extremo Ocidental - Uma Viagem de Moto pela Costa Portuguesa, Uma Casa em Mossul - os Últimos dias do Estado Islâmico, e Cidades do Sol - Em Busca de Utopias nas Grandes Metrópoles da Ásia.
TEMA
Há um poder misterioso nos lugares, invisível ao longe. É preciso ir lá, sentir o cheiro, a temperatura, os murmúrios, a vibração do próprio ar. É preciso falar com as pessoas, estar com elas. A informação que podemos captar num só instante de um único lugar não caberia nos gigabites do mais poderoso computador. É fácil julgar, quando nunca saiu de casa. Quando nunca se esteve numa guerra, é mais fácil dar ordens para matar. Viajar é uma forma de conhecimento e de compaixão.
Expressar esse conhecimento, essa perspectiva, essa visão do mundo é o objectivo da literatura de não-ficção e da literatura de viagens.
DISTÂNCIA: Aprox. 7km
GRAU DE DIFICULDADE: Caminhada acessível a caminhantes ocasionais
PONTO DE ENCONTRO: Entrada da aldeia de Alferce (Coordenadas GPS: 37.332005, -8.490307)
BIOGRAFIA
Pedro Prista nasceu em Lisboa em 1955. Doutorado em Antropologia pelo ISCTE (1994), onde ensinou entre 1984 e 2022, é membro integrado do CRIA-ISCTE-IUL, e investigador associado do ICS-UL. Tem trabalhado sobre processos de transformação na sociedade portuguesa tais como emigração, turismo, impactos das alterações climáticas, e ainda sobre património etnológico, arquitectura vernacular e museus.
TEMA
Iremos caminhar palavras na paisagem. O lugar é um abismo de surpresas e irá revelando memórias, ideias de si e de nós, histórias, cegueiras, fascínios, destinos... Faremos quatro pausas no caminho: "Um lugar às avessas"; "Asas e velas"; "Nossa Senhora do Verde" e "A Luz sem Côr". Andaremos entre pensamentos e pedras, vidas, destroços, deslumbres, questões. Iremos caminhar paisagens nas palavras, até que passos e ditos nos calem, nos parem, e nos permitam as surpresas do abismo que o lugar é.
DISTÂNCIA: 7km
GRAU DE DIFICULDADE: Caminhada acessível a caminhantes ocasionais
PONTO DE ENCONTRO: Parque do Barranco dos Pisões (Coordenadas GPS: 37.334772, -8.567355)
BIOGRAFIA
Professora Catedrática Jubilada na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, Departamento de História da Arte. Autora de estudos de investigação e divulgação nas áreas do urbanismo e arquitectura (século XIX-XX), artes plásticas e museologia. Comissária de exposições de arte.
Foi directora do Museu do Chiado (1994-97) e do Instituto Português de Museus (1997-2002).
TEMA
A VELHICE DOS PINTORES
Quando os pintores (e os artistas em geral) atingem a velhice, as suas últimas obras possuem uma intensidade rara. Não tanto por tratarem temas novos mas pelo modo como os reelaboram e potenciam. A sua energia, como um paradoxo, confronta a fragilidade do corpo.
Na nossa caminhada, falaremos de alguns, oportunidade também para trazer à conversa pintores extraordinários como Júlio Pomar, Maria Helena Vieira da Silva, Paula Rego ou Nikias Skapinakis.
DISTÂNCIA: 5km
GRAU DE DIFICULDADE: Caminhada acessível a caminhantes ocasionais
PONTO DE ENCONTRO: 200m a seguir ao Miradouro da Fonte Santa (Coordenadas GPS: 37.309877, -8.607234)