BIOGRAFIA
Alexandra Lucas Coelho é jornalista e escritora. Estudou Ciências da Comunicação (UNL) e Teatro (IFICT). Trabalhou na rádio e na imprensa por 30 anos como repórter, editora e correspondente, tendo coberto conflitos em várias partes. Viveu em Jerusalém e no Rio de Janeiro. Tem 13 livros publicados, entre viagem, crónica, romances e infanto-juvenis.
TEMA
Relação entre corpo e escrita, caminhada em três partes. Na primeira, falar de como mover o corpo liberta o pensamento, ou algo antes, visões, ligações, e também da tentativa de a escrita se tornar corpo, matéria física: o corpo ser uma sua utopia. Na segunda, caminharíamos em silêncio, atentos às brechas desencadeadas pelo movimento. Na terceira, já perto de voltar à aldeia, paramos para comer e cada um anota o que lhe apareceu.
DISTÂNCIA: 6km
GRAU DE DIFICULDADE: Fácil*
IDIOMA: Português
PONTO DE ENCONTRO: Aldeia da Bordeira (37º11’48.0”N 8º51’40.5”W)
BIOGRAFIA
Nasceu em Lisboa em 1967 e é licenciada em Comunicação Social. Entrou no jornal PÚBLICO em 1990 onde permaneceu até aos dias de hoje. O jornal continua a ser, para a Alexandra, uma porta aberta para tudo o que deseja descobrir. Nos últimos anos dedicou-se ao tema da comida. Escreveu dois livros, um sobre a presença dos muçulmanos em Portugal e outro sobre a cervejaria Ramiro.
TEMA
Uma caminhada sobre a curiosidade e a essência jornalística. O jornalismo como forma de ouvir os outros e de perceber o mundo. Da religião à arte ou à comida, todas as perguntas fazem sentido porque todas nos abrem caminhos novos e muitas vezes inesperados.
DISTÂNCIA: 5,5km
GRAU DE DIFICULDADE: Fácil*
IDIOMA: Português
PONTO DE ENCONTRO: Aldeia da Bordeira (37º11’48.0”N 8º51’40.5”W)
BIOGRAFIA
Hugo Dunkel nasceu no Porto em 1986. Formou-se em diversas áreas: Design de Produto, Alimentos Fermentados, Agricultura Biodinâmica, Permacultura e Nutrição Ortomolecular. Trabalha em programação e produção cultural na criação discursiva, crítica e experimental, principalmente sobre questões alimentares. É uma apaixonado pela natureza, pelo pensamento ecológico, pelo movimento e pela fermentação, temáticas que povoam o seu trabalho.
TEMA
No árido mato brotam self-made-guts: alambiques de merda, barricas solitárias de destilação fecal.
Que tal uma cosmologia microbiana: caminhamos em uníssono no silêncio da paisagem.
Movimento, ingestão, incubação, fermentação, transformação, assimilação, incorporação, excreção, composto.
Pele de fora e pele de dentro – somos, de microorganismos, um contínuo infinito que digere.
Reivindicamos a soberania digestiva!
DISTÂNCIA: 7km
GRAU DE DIFICULDADE: Fácil - Moderado*
IDIOMA: Português
PONTO DE ENCONTRO: Aldeia da Bordeira (37º11’48.0”N 8º51’40.5”W)
BIOGRAFIA
Joana Bértholo, 1982, escreve para diferentes formas de publicar (livro, palco, academia). Apesar do seu trabalho ter temas recorrentes (como a ecologia ou o mercado), o seu território é a ficção. Caminha muito para pensar melhor.
TEMA
Escrever e contar histórias não diferem tanto de caminhar e procurar percursos. Há formas de estar com a paisagem (ouvir, meditar, seguir, ritualizar, enquadrar...) que geram ideias novas, e formas diferentes de estar ou de sentir. E essas ideias podem ser inspiradoras para quem cria mas, mais importante que isso, podem aproximar-nos do que nos rodeia. Nesta caminhada, o público vai explorar com a Joana algumas destas formas de olhar e de ouvir.
DISTÂNCIA: 6km
GRAU DE DIFICULDADE: Fácil - Moderado*
IDIOMA: Português
PONTO DE ENCONTRO: Aldeia da Vilarinha, Bordeira (37º10’02.3”N 8º51’30.1”W)
BIOGRAFIA
Geógrafo, investigador do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. Desempenhou funções de docente, investigador, consultor e governativas. Participa em diferentes associações e fóruns da sociedade civil sobre território, cidadania e desenvolvimento.
TEMA
Ao caminharmos, a paisagem desloca-se em sentido contrário à velocidade do nosso movimento. Esta é a metáfora de partida para uma reflexão - intelectual, espiritual e emocional - sobre a relação entre progresso, delapidação do planeta e riscos globais tendo no centro o conceito de ´antropoceno`.
DISTÂNCIA: 7km
GRAU DE DIFICULDADE: Fácil*
IDIOMA: Português
PONTO DE ENCONTRO: Aldeia da Bordeira (37º11’48.0”N 8º51’40.5”W)
BIOGRAFIA
Com um percurso na fotografia tão rico quanto diversificado, João Mariano é um filho do Algarve, sendo o seu trabalho moldado pelas gentes e pela cultura da Costa Vicentina, a que chama o seu “laboratório de emoções”. É esta região que mais o inspira e lhe estimula a criatividade no olhar. Fruto desta profunda ligação, publicou diversos livros que celebram as tradições e os saberes da terra e do mar, bem como a paisagem do sudoeste algarvio.
TEMA
Uma caminhada para o público se deixar levar pela mão e voz de um apaixonado pela Costa Vicentina, e que a conhece como ninguém. «A Costa Vicentina é um lugar para gente paciente. É um local de contemplação onde o tempo é companheiro da observação. Quantas vezes olho para o mesmo, para o ver sempre diferente? Quantas vezes sinto que estou a percorrer o mesmo trilho de forma abstracta, redescobrindo-o vagarosamente, com outros tantos encantos? Quantas vezes reparo num pormenor que nunca me tinha despertado a atenção?» - João Mariano
DISTÂNCIA: 6km
GRAU DE DIFICULDADE: Fácil – Moderado*
IDIOMA: Português
PONTO DE ENCONTRO: Pinhal do Bordalete, Carrapateira (37º12’11.2”N 8º52’54.6”W)
BIOGRAFIA
Magda Henriques é licenciada em História e foi professora em diversas instituições de ensino superior. Foi responsável pelo Programa de Atividades Educativas, “Derivas Artísticas”, da Associação Circular, em Vila do Conde, e foi Programadora do Projeto Educativo do Círculo de Artes Plásticas de Coimbra e da Bienal Ano Zero. Tem desenvolvido programas, especialmente no âmbito da arte contemporânea, destinados a públicos adolescente e adulto, em colaboração com várias instituições e festivais, em diferentes zonas do país. Criou e programou o Serviço de Exposições e o Serviço Educativo de A Moagem, no Fundão. Actualmente é responsável pela direção artística das Comédias do Minho.
TEMA
É uma caminhada orientada por perguntas. Umas definidas à partida. Outras hão de nascer do encontro. Algumas delas são: O que pode a arte? O que pode o conhecimento? Porque faço o que faço? O que faço com o que tenho? O que faço eu aqui? Qual é o meu desejo? É sobre uma mala de ferramentas e sobre esvaziar os bolsos. É sobre encontros. É sobre tudo isto e ainda sobre tentar, errar, tentar outra vez. Não desistir. Estar. Escutar. Escutar com o corpo todo. Ter medo e enfrentá-lo. Continuar.
DISTÂNCIA: 7km
GRAU DE DIFICULDADE: Fácil*
IDIOMA: Português
PONTO DE ENCONTRO: Largo do Comércio, Aldeia da Carrapateira (37º10’59.7“N 8º53’42.2”W)
BIOGRAFIA
Mário Martins nasceu em 1964, em Barão de São João, Lagos. Tornou-se arquitecto por acaso, mas desenvolveu uma intensa paixão pela arquitetura, que se mantém. Com o principal foco região algarvia, trabalha para pessoas das mais diversas proveniências, cuja diversidade cultural é um factor de enriquecimento da paisagem e dos costumes. Julga que o conhecimento e a dúvida suscitam a criatividade. Aponta ao futuro, com um profundo respeito pelo passado.
TEMA
Um arquitectar que defende o saber ancestral aliado às soluções actuais da arquitectura: “As casas aconchegam-se entre si e ao terreno de uma forma contida. Apenas os rasgos horizontais envidraçados emolduram os sucessivos planos de vista, que se diluem numa simbiose: o verde envolvente, o recorte da falésia, a imensidão do mar e depois do céu.” - Mário Martins. Um caminhar para conhecer um arquitecto cujo desenho vê a terra como a última fronteira.
DISTÂNCIA: 6km
GRAU DE DIFICULDADE: Fácil - Moderado*
IDIOMA: Português
PONTO DE ENCONTRO: Aldeia da Vilarinha, Bordeira (37º10’02.3”N 8º51’30.1”W)
BIOGRAFIA
Nicolau da Costa é um apaixonado pela terra, pelo mar e pela vida. Um fiel e experiente guardião da Costa Vicentina que é também agricultor, jardineiro, arquitecto paisagista, mariscador e apicultor caminhante.
TEMA
Uma deambulação pela 'serra marítima' e as falésias da Costa Vicentina, onde o público irá dialogar com Nicolau e com a natureza que lhe é tão próxima. Um percurso repleto de poesia, sensações e práticas profundamente humanas.
DISTÂNCIA: 7km
GRAU DE DIFICULDADE: Fácil - Moderado*
IDIOMA: Português
PONTO DE ENCONTRO: Praia do Amado, Carrapateira (37º10’07.1“N 8º54’04.1”W)
BIOGRAFIA
Rui Horta é um dos mais influentes coreógrafos da sua geração. O seu trabalho tem sido apresentado em todo o mundo nos mais importantes teatros e festivais, estando no repertório de inúmeras companhias de dança. Desde 2000 que dirige o Espaço do Tempo em Montemor-o-Novo, um centro multidisciplinar de residências artísticas.
TEMA
Na nossa caminhada por terras de Aljezur, porção de terra que me remete para a minha infância e juventude, irei conversar com os meus companheiros de percurso sobre o tanto que temos e nem sabemos que temos. Sobre o chão que pisamos e que nos deu generosamente um passado e um futuro que, em conversa, gostaria de adivinhar. Irei comover-me com essa terra que nos atravessa os sentidos e sobre um simples bocado dessa mesma terra com uma biodiversidade de milhares de micro organismos e uma flora agreste, rica de estevas, rosmaninho e medronheiros. Iremos encontrar vestígios e marcas de homens e mulheres que deixaram as suas casas feitas de pedras e que a terra veio reclamar. Iremos sentir que o que amamos deve ser vivido e essa é a melhor forma de o proteger.
DISTÂNCIA: 6km
GRAU DE DIFICULDADE: Fácil - Moderado*
IDIOMA: Português
PONTO DE ENCONTRO: Pinhal do Bordalete, Carrapateira (37º12’11.2”N 8º52’54.6”W)
FÁCIL: Percurso que não necessita de experiência prévia em caminhadas. acessível a todas as pessoas.
FÁCIL – MODERADO: Percurso que não necessita de experiência prévia em caminhadas. será possível ter desníveis mais acentuados, maior distância ou terreno mais acidentado.
MODERADO: Percurso que necessita de experiência prévia em caminhadas. desníveis acentuados, distância a percorrer maior e terreno mais acidentado.
BIOGRAPHY
Nuno Barros is a Marine Biologist and Ornithologist from a local Aljezur family. He has worked most of his carreer in marine conservation and monitoring projects in Portugal and West Africa. He has witnessed first hand how the sea affects the whole life, and how our lives affect the sea.
THEME
Conversations with inner and outer Oceans, over ecology and through the sea mist. The Ocean is calling out on us. Are you listening?
DISTANCE: 7km
DIFFICULTY LEVEL: Easy*
LANGUAGE: English
MEETING POINT: Monte da Cunca, Carrapateira (37º11’33.7”N 8º53’22.9”W)
EASY: Route that does not require previous experience in hiking. accessible to everyone.
EASY - MODERATE: Route that does not require previous experience in hiking. possibility of facing steeper slopes, greater distance or more rugged terrain.
MODERATE: Route that requires previous experience in hiking. sharp unevenness, greater distance to travel and more rugged terrain.
BIOGRAFIA
Gustavo Ciríaco é um coreógrafo e artista contextual brasileiro com obras que transitam entre espectáculos, exposições vivas e trabalhos site-specific onde arquitectura, artes visuais e cénicas se encontram em performances marcadas pela partilha do sensível.
TEMA
Um passeio para percepcionar a natureza e a paisagem, criando relações entre o relevo, o pensamento e o movimento. Entre texturas, conjunturas e dramaturgia espacial.
DISTÂNCIA: 8km
GRAU DE DIFICULDADE: Fácil - Moderado*
IDIOMA: Português
PONTO DE ENCONTRO: Al-Faris Bar, Alferce (37º19’55.8”N 8º29’24.5”W)
BIOGRAFIA
Joana Gorjão Henriques é jornalista do PÚBLICO e o seu trabalho debruça-se principalmente sobre os temas de direitos humanos, imigração e discriminação. É autora dos livros “Racismo em Português” e “Racismo no País dos Brancos Costumes”.
TEMA
Conversaremos sobre as novas vagas migratórias de pessoas que se têm vindo a estabelecer no Alentejo, nomeadamente na zona de Odemira, para trabalhar nas estufas.
DISTÂNCIA: 5km
GRAU DE DIFICULDADE: Fácil - Moderado*
IDIOMA: Português
PONTO DE ENCONTRO: Paragem de autocarro em frente à Cooperativa Agrícola do Concelho de Monchique, Monchique (37º18’43.9”N 8º33’17.3”W)
BIOGRAFIA
Chamo-me João Maria André, nasci há 66 anos em Monte Real (Leiria), fiz a minha aprendizagem no mundo e com a vida e estudei Filosofia na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, onde atualmente partilho ideias com alunos nas áreas da filosofia e do Teatro. Sou também encenador e escritor, de poesia, teatro e ensaios filosóficos, em que faço da escuta do mundo a alimentação da minha arte e do meu saber. Escrevi sobre Filosofia, Misticismo, Diálogo Intercultural, Teatro e Afetividade e continuo sempre a aprender, pois estou convencido de que morremos quando deixamos de aprender.
TEMA
Escolhi como conceito-motor da caminhada a ressonância, porque reconheço que é preciso reaprender o tempo das coisas simples e naturais, de modo a podermos dizer: quando o mundo ou o outro falam, eu escuto-os e vibro com eles; quando eu falo, o mundo e os outros escutam-me e podemos vibrar em conjunto. Para pensar a ressonância pediremos ajuda ao silêncio, à escuta, ao diálogo, à lentidão, aos afetos, às artes e aos nossos cinco sentidos e também às experiências de todos os companheiros da caminhada.
DISTÂNCIA: 6km
GRAU DE DIFICULDADE: Fácil*
IDIOMA: Português
PONTO DE ENCONTRO: Al-Faris Bar, Alferce (37º19’55.8”N 8º29’24.5”W)
BIOGRAFIA
João Salaviza (Lisboa, 1984) e Renée Nader Messora (São Paulo, 1979) encontram-se na Argentina, enquanto frequentam a Universidad del Cine de Buenos Aires, em 2006. Em 2010, Renée conhece o povo indígena Krahô, habitantes imemoriais do Norte do Brasil. João juntou-se em 2014. Desde então, têm vivido e trabalho com os Krahô, passando longas temporadas na Terra Indígena. Colaboram com os Mentuwajê Guardiões da Cultura - um colectivo de jovens indígenas que utilizam as ferramentas audiovisuais para o fortalecimento da identidade cultural e a autodeterminação. Em 2018, João e Renée lançam a longa Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos, que estreou no Festival de Cannes, conquistando o Prémio Especial do Júri - Un Certain Regard.
TEMA
A Terra Indígena do povo Krahô ocupa uma extensão de 300.000 hectares, no Cerrado - um tipo de savana que é um dos mais ameaçados ecossistemas do Brasil. Durante esta caminhada pela serra de Monchique, propomos um encontro com os Krahô através das memórias, sons e imagens que construímos com eles nos últimos anos.
DISTÂNCIA: 5km
GRAU DE DIFICULDADE: Fácil - Moderado*
IDIOMA: Português
PONTO DE ENCONTRO: Paragem de autocarro em frente à Cooperativa Agrícola do Concelho de Monchique, Monchique (37º18’43.9”N 8º33’17.3”W)
BIOGRAFIA
Jorge Palinhos é escritor e dramaturgo, e obras suas já foram apresentadas e/ou editadas em Portugal, Alemanha, Argentina, Bélgica, Brasil, Espanha, Estados Unidos da América, França, Países Baixos, República Checa, Suíça e Sérvia. Além de teatro, ensaios e contos editados, tem colaboração regular com as publicações como o P3, Bang!, Aniki, entre outros.
TEMA
Caminhar faz comunidades e faz-nos humanos. Se hoje somos chamados a ser indivíduos, indiferentes e cibernéticos, não há nada de mais inquietante do que ser grupo a caminho, no meio da natureza e rumo ao desconhecido. Nesta caminhada gostaria de partilhar histórias e gestos que revelassem o deslumbramento desse mesmo caminho.
DISTÂNCIA: 7km
GRAU DE DIFICULDADE: Fácil*
IDIOMA: Português
PONTO DE ENCONTRO: Parque do Barranco dos Pisões, Monchique (37º20’02.2”N 8º34’03.1”W)
BIOGRAFIA
Paulo Pires do Vale nasceu em 1973 e é filósofo, professor universitário, ensaísta e curador. Desde Março de 2019, é Comissário do Plano Nacional das Artes.
TEMA
Conversa sobre experiência e o pensamento das fronteiras: entre filosofia e curadoria, entre arte e comunidade, entre religião e estética, entre cultura e educação...
DISTÂNCIA: 7km
GRAU DE DIFICULDADE: Fácil - Moderado*
IDIOMA: Português
PONTO DE ENCONTRO: Parque do Barranco dos Pisões, Monchique (37º20’02.2”N 8º34’03.1”W)
BIOGRAFIA
Sandro William Junqueira nasceu em 1974. Tem vindo a publicar diversas obras que foram nomeadas e premiadas recentemente. Em 2012, foi considerado um dos escritores para o futuro pelo semanário Expresso. É atualmente o coordenador do projeto PANOS – Palcos Novas Palavras Novas no Teatro Nacional D. Maria II.
TEMA
A vida sobre a terra é uma luta. Contra os elementos, contra a imprevisibilidade, contra a morte. A literatura faz parte deste combate, até porque as coisas não se separam – a natureza mistura-se com as histórias, a temperatura com as palavras, os altos e baixos do território com os da criação. Não se escreve sem se ouvir o pulsar da terra e não se lê sem usar o corpo todo. No Inverno pensa-se mais o lado de dentro? No Verão é mais difícil mentir? Pode-se tapar a natureza com betão? E a arte e os livros podem existir separados do chão?
DISTÂNCIA: 6km
GRAU DE DIFICULDADE: Fácil*
IDIOMA: Português
PONTO DE ENCONTRO: Al-Faris Bar, Alferce (37º19’55.8”N 8º29’24.5”W)
BIOGRAFIA
Victor Hugo Pontes nasceu em Guimarães, em 1978. É licenciado em Artes Plásticas – Pintura, pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. Trabalha como coreógrafo, encenador e intérprete. Como criador, a sua carreira começa a despontar a partir de 2003 com o trabalho Puzzle. Desde então, vem consolidando a sua marca coreográfica, tendo apresentado o seu trabalho por todo o país, assim como em Espanha, França, Itália, Alemanha, Rússia, Áustria, Brasil, entre outros. É, desde 2009, o diretor artístico da Nome Próprio – Associação Cultural, com sede no Porto.
TEMA
A dança é a relação de um corpo com o espaço, num determinado tempo. O nosso espaço será a serra de Monchique, num percurso de três horas, em Setembro de 2020. Assinalo a data, porque vivemos um tempo novo. Vejo esta caminhada como uma aula de dança em que estaremos em relação com a natureza e em que os nossos corpos serão influenciados pela paisagem, por palavras, por sons ou pela presença dos outros caminhantes.
DISTÂNCIA: 10km
GRAU DE DIFICULDADE: Moderado*
IDIOMA: Português
PONTO DE ENCONTRO: Estrada da Fóia, após o Miradouro da Fonte Santa (37º18’34.7”N 8º36’27.8”W)
FÁCIL: Percurso que não necessita de experiência prévia em caminhadas. acessível a todas as pessoas.
FÁCIL – MODERADO: Percurso que não necessita de experiência prévia em caminhadas. será possível ter desníveis mais acentuados, maior distância ou terreno mais acidentado.
MODERADO: Percurso que necessita de experiência prévia em caminhadas. desníveis acentuados, distância a percorrer maior e terreno mais acidentado.
BIOGRAPHY
Alix Didier Sarrouy is a musician, performer and sociologist of art and culture. He seeks to explore and understand the interactions between human beings, and also between them and the objects that surround them, be they constructed or natural. He believes in the arts as a collective process and not just as a singular result.
THEME
We shall be human bodies walking through the nature of Monchique. We will let the five senses take care of the relationships between each other and with the mountains that welcome us on their slopes. The paths will consist of moments of encounter and of escape. From the soles of bare feet feeling the floor, to sky gazing with our chins facing upwards, we will be guided by stories, by reading (con)texts, by crossed looks. A chance to smell with your eyes, read with your ears and listen with your fingertips.
DISTANCE: 7km
DIFFICULTY LEVEL: Easy*
LANGUAGE: English
MEETING POINT: Estrada da Fóia, after Miradouro da Fonte Santa, Fóia (37º18’34.7”N 8º36’27.8”W)
EASY: Route that does not require previous experience in hiking. accessible to everyone.
EASY - MODERATE: Route that does not require previous experience in hiking. possibility of facing steeper slopes, greater distance or more rugged terrain.
MODERATE: Route that requires previous experience in hiking. sharp unevenness, greater distance to travel and more rugged terrain.